Basta uma passeada para sentir e reviver fatos acontecidos com pessoas que já não vemos mais.
A lembrança vai puxando barulhos, vozes, cores e sensações, como o cheiro da padaria de esquina, naquela rua onde havia sempre o encontro entusiasmado do grupo que estudava e sonhava com um jeito de transformar o mundo. Ou, ao passar por aquela avenida, o som dos carimbos do escritório onde se trabalhou durante anos a fio, batendo cartão 44 horas semanais. Também o som das conversas à espera do ônibus na volta para casa. Ou na estação de trem, a lembrança das conversas silenciosas entremeadas por abraços de despedida. A ida ao parquinho no qual não se ia mais desde os seis anos de idade e a surpresa de notar como tudo parecia ser tão maior do que de fato é!
Todos os lugares estão impregnados de memórias. Basta estar atento e elas automaticamente chegam.
fonte da imagem