sábado, 9 de maio de 2009

tipo...

Tipo, sabe quando vc escuta alguém conversando, daí tipo, vc começa a perceber que a pessoa tipo repete demais certa palavra? aí, tipo, vc resolve começar a tipo contar quantas vezes a pessoa fala essa tal palavra. Tipo... isso aconteceu esses dias no trem. Tinha tipo um casal de estudantes universitários conversando sobre a "facool" e ela relatava alguma história para ele. Eu me ative aos "tipos" que, durante poucos cinco minutos em que eu me pus a contar, chegaram perto dos 20... Desisti porque cansei, afinal escutar conversa alheia, por mais que num coletivo seja inevitável, é deseducado (além de a história da moça ter se perdido no meio de tanto "tipo" disparado)...

Tem coisas que a gente fala sem nem perceber (tenho certeza que eu também às vezes solto alguns "tipos") e acabamos ficando com uns vícios de linguagem dos quais para "estar nos livrando" é sempre difícil... Eis aí nosso detestado e eterno gerúndio, que não me deixa mentir.


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sismos, abalos, tremores.


Muito simplificadamente falando, abalos sísmicos, também chamados de terremotos, ocorrem como uma forma de liberar energia acumulada ao longo do tempo entre placas da crosta terrestre, que se movem devido a dinâmica interna da Terra, na qual o material das camadas internas se movimenta fazendo com que as placas na superfície também se movimentem. Mas esse movimento é lento e, ao longo do tempo, acumula energia que, de momento em momento é liberada por meio de tremores - e erupções vulcânicas em alguns casos mais específicos.

Os abalos sísmicos ocorrem sem prévio aviso, podendo até causar danos irreparáveis, conforme sua magnitude. Num momento tem-se tudo na mais perfeita ordem (ainda que esta "ordem" não seja propriamente perfeita) e no instante seguinte, o chão começa a tremer deixando tudo remexido, bagunçado, fora de lugar.

Por mais que se tente prever, nunca se sabe quando nem onde será o próximo, ele vem sem avisar. Algumas vezes superficiais, outras vezes mais profudos. Algumas vezes rápidos, outras vezes mais demorados. Algumas vezes fortes, outras vezes mais fracos. Mas sempre capazes de alterar a normalidade das coisas: um quadro que se desalinha na parede, um lápis que cai da mesa, um sobrado antigo que cai ou um prédio que desmorona.

Abalos na vida pessoal também podem ser fruto da dinâmica interna dos seres humanos. O acúmulo de emoções, de dúvidas, de tensões, em alguns momentos podem extravasar de forma inesperada, levando a situações que em alguns casos, podem ser bastante contornáveis e em outros, podem até mesmo ser irreparáveis.

O que se faz depois é o de sempre, independentemente do tamanho dos resultados do abalo. Sempre é preciso tentar arrumar, recolocar tudo no seu lugar, levantar o que caiu, reconstruir o que se perdeu, lamentar o que não se pode recuperar. E esperar que os próximos abalos menores que podem ocorrer como reflexo do primeiro, não causem o medo daquilo que é parte do funcionamento natural do planeta. Quanto aos tremores na vida pessoal, espera-se que os próximos abalos que podem ocorrer como reflexo do primeiro, não causem o medo de continuar tentando acertar, o que faz parte do funcionamento natural do ser humano.