quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Bloqueio mental e autocensura

No labirinto de letras empilhadas mora um texto que ainda não foi escrito. Palavras que ora se juntam, ora se afastam pertubam a mente de quem dedilha o teclado e folheia livros procurando o fio que ordenará parágrafos numa estrutura coesa. O escuro que ronda o caminho das palavras até as linhas do papel atrapalha o montar das peças e quando enfim estas se agrupam, dão um resultado semelhante a torres mal construídas, prestes a cair ao primeiro dos sopros que sempre acompanham os comentários argüidores. Encontrar o fio que aprumará estes emaranhados não tem sido fácil, neste escuro. Mas a busca é incessante e certamente haverá resultados, só não se sabe se positivos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010



"Quando muita gente fica ridícula,

começa parecer normal"



[ouvi num filme do qual não lembro mais o nome]

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

oasis

Perdendo

Na vida a gente passa quase o tempo todo aprendendo. Mesmo sem perceber aprendemos a respirar, a andar, a falar, a contar... e aprendemos aos poucos coisas mais complexas que em muitos casos não paramos nunca de aprendê-las. Vamos tentando sempre saber a forma exata de falar o que pensamos, de expressar o que sentimos, de desenhar uma casa que imaginamos, de descrever um pôr de sol, de cantar uma melodia, mas quase sempre conseguimos resultados aquém do desejado. Mas estamos sempre aprendendo...

Chega um tempo em que passamos a aprender coisas difíceis, às quais muitas vezes resistimos. As regras de acentuação, orações subordinadas, matrizes transpostas, polinômios, química orgânica, certas coisas nunca chegamos a aprender, como a melhor maneira de dizer adeus, ou qual o melhor lugar pra se contar as estrelas.

Na vida a gente passa o tempo todo perdendo. Mesmo sem perceber estamos sempre a perder meias, a perder moedas, a perder a prática, a perder prazos. Vamos tentando sempre saber uma forma de não mais perder as coisas, e inventamos porta moeda, guarda-roupa, sapateira, porta-treco, gaveta, agenda. Mas estamos sempre perdendo...

Chega um tempo em que passamos a perder coisas valiosas, as quais não recuperaremos jamais. Perder amizades, perder o amor, perder o sabor de fazer alguém sorrir.

Dificilmente se aprende a perder. Perder é um dos aprendizados mais difíceis ao ser humano, porque tudo que se perde leva consigo um pedaço de quem perde. E não se aprende a perder pedaços. Não sem dor.

Na vida a gente passa quase o tempo todo aprendendo.