domingo, 15 de novembro de 2015

Pensaduras

Pensando sobre falta de água, saúde e educação; sobre empresas que têm mais direitos do que os seres humanos; sobre seres humanos que têm mais direitos do que outros seres humanos e do que as demais espécies que compartilham o planeta; sobre preconceitos e intolerâncias que culminam em guerras, violações de direitos, segregações; sobre estouro de barragem de rejeitos de mineração; sobre atentados terroristas e cobertura da mídia a respeito dos diversos fatos; sobre desigualdades sociais que se perpetuam; sobre tentativas frustradas de promover a paz mundial; sobre os pequenos atos que significam grandes coisas; sobre acreditar que as coisas precisam mudar; sobre a necessidade de não deixar de acreditar e sobre a dificuldade de vislumbrar um caminho viável...

Fico aqui matutando com as palavras do geógrafo Milton Santos, citado num vídeo que acabo de assistir: "Na verdade nunca houve humanidade... Nós estamos fazendo os ensaios do que será a humanidade... Nunca houve."

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

hi.po.cri.si.a


Talvez seja divertido ter uma posição social confortável e tirar sarro do próprio país sempre ridicularizando as pessoas que não gozam da mesma sorte, fingindo estar atingido por algo que ouve falar mas que nem sabe ao certo do que se trata, porque mal sabe o preço do quilo de carne que come diariamente. Mas embora seja talvez divertido, é uma atitude lamentável.


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

aprendizados

Dentre as muitas coisas que a educação pública tem me ensinado, creio que a mais forte e talvez a mais triste, é ter certeza de que não será tão cedo que o mundo será um lugar justo. E ainda há quem acredite que tudo depende somente do esforço individual. Quem é que escolhe onde nasce? Quem abre mão das comodidades que já tem? Quem e como garantirá as mesmas oportunidades para todos?
Ninguém.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Pesquisa por amostragem?

Tô aqui pensando sobre pesquisas de opinião, seu grau de representatividade, seu impacto na formação de opiniões a depender de como os dados são divulgados...

População da cidade de São Paulo: 11,25 milhões (2010, IBGE)
Número de entrevistados em pesquisa Datafolha sobre redução da maioridade penal: 600 (seiscentos)
Porcentagem de paulistanos entrevistados favoráveis à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos: 93%
(http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2013/04/1264396-93-defendem-reducao-da-maioridade-penal.shtml)

Aí o jornal publica: "Dado que uma das funções do Direito é manter a coesão social, e dado que, segundo o Datafolha, 93% dos cidadãos apoiam a redução da maioridade penal, deve-se dar resposta a essa SÓLIDA MAIORIA".
(http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/06/1642123-amadurecer-o-debate.shtml)

E então eu fico bem cabreira com a forma como as coisas são ditas pelos grandes veículos de comunicação e como uma pequena parcela de pessoas entrevistadas ao acaso pode (ou não) influenciar o rumo das coisas.

Isso é um exemplo, não quero dizer se tá certo ou errado ser a favor ou contra qualquer coisa. No que tô pensando é em como as informações são "meticulosamente" apresentadas...

=/

terça-feira, 4 de agosto de 2015

escola?

Um dos grandes fracassos humanos é extinguir ou mesmo reduzir ou limitar o diálogo, principalmente em ambientes onde ele é imprescindível ao fim que se almeja... educação. .

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Mayday



Sensação de estar dentro de um navio que está afundando, devagar, aos poucos. Querendo sair, mas sabendo que estar dentro do navio ainda é a única garantia de ficar vivo e que sair dele é se arriscar num oceano incerto, cheio de possibilidades boas e ruins... nesse oceano pode-se encontrar uma ilha ou ser encontrado por tubarões, ou simplesmente pode-se morrer afogado ou ficar boiando eternamente sem rumo. Mas o navio está afundando e é preciso decidir o que fazer...

quarta-feira, 25 de março de 2015

Palavras


Penso que palavras não valem nada se vierem sozinhas... discursos vazios, bonitos, mas vazios, não me preenchem. E quando o discurso vai se distanciando das práticas, vai criando um espaço que pode ser, perigosamente, preenchido pela hipocrisia.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

offline

Escrito em dezembro/14


Hoje eu não quis ligar o computador. Não quis entrar na rede social e ver as mesmas coisas de sempre. Que nem sempre são as mesmas, mas nunca são o que eu gostaria que fossem, quase nunca.
Então resolvi descansar meus olhos dessa tela luminosa. Poupar meu cérebro da tensão de candy crush (!). Poupar cliques de excluir spams da caixa de entrada.
E sonhar que enquanto eu estou offline, alguém perceba que hoje eu faltei. Sonhar que quando abrir o email vou encontrar uma boa surpresa... E ao mesmo tempo, dizer não pra esse tipo de sonho bobo.
Tomar distância pra enxergar melhor que talvez seja mesmo só mais uma ilusão.