terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Alguém é melhor?

Tenho escutado bastante a música "Eu sou melhor que você", do Banzé. Fala sobre o quanto algumas pessoas são tão pequenas quando se acham maiores do que são... Que muitas vezes as pessoas fazem imagens de si que não são verdadeiras. Que muitas vezes as pessoas se acham mais do que realmente são... Que se acham mais importantes, que se acham melhores que as outras. Mas no final, o que estão fazendo é pedindo atenção. Achando-se melhores, mais importantes, estão pedindo "olhem pra mim, por favor, vejam, eu tenho qualidades".
Triste saber que por trás de uma exuberante mulher ou de um homem bonitão estão pessoas sozinhas, seres humanos normais e comuns, que como todos precisam ter outras pessoas por perto e, talvez inconscientemente ou não, apelam pro orgulho e sobem num pedestal imaginário, exigindo reverência ou pelo menos querendo ser referência.
Eu penso que ninguém é melhor que ninguém, todo mundo tem suas qualidades e seus defeitos. Seria um saco se houvesse pessoas perfeitas. Ainda bem que não há.

"Eu sou melhor do que você... mas por favor, fique comigo, que eu não tenho mais ninguém"
Bom, melhor do que eu ficar falando, prefiro que vc escute a música e dê sua opinião ;)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Sem lugar


Cheguei na porta de um mundo que não é o meu. Ameacei entrar, achei mesmo que fosse fácil, que houvesse um corredor que ligasse o meu mundo a este outro, mas não há, pelo menos não está visível. Algo me impede, porém, de voltar pra casa. É como se de alguma forma eu não coubesse mais naquele lugar de onde vim. Mas ainda não pertenço a este novo lugar. Então começo a rever o caminho percorrido, tentando encontrar alguma explicação. Percebo que andei na contramão de coisas que eu mesma acreditava serem reais. Coisas que pareciam ser a solução de um monte de problemas... na verdade elas não resolvem todos os problemas. Elas me fazem pensar em outros tipos de problemas e quem sabe, em problemas muito maiores. O fato é que não dá mais pra voltar para o mundo de onde vim. Não seria bem vista por lá... mas ainda não sou bem vista neste, também. Sou simplesmente uma mutante, cheia de diferenças tanto lá, quanto aqui.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Indicação =)


Nossa, tô emocionada!! Acabei de ir visitar o blog da Jéssica, o Devaneios Bobos e me surpreendi ao ver o "Defenestrações" indicado para o selo Blog Cabeça... êÊeeee!!! Na verdade não acho que o Defenestrações seja um blog cabeça :P, então além de emocionada fiquei meio sem jeito também...rs mas já que a Jéssica (que escreve muito bem, por sinal) tá dizendo...hehehe

"É gostoso ler os textos da Paula! Tão bem feitos, tão cheios de significados, e como todo bom autor, ela aguça a imaginação do leitor (a rima não foi proposital!)"


Então meus cinco indicados são os seguintes:

Clube do Camba, da Mari
Confessionário, do César
Espada do Templário, do Otávio
Mundo de Dentro, da Melissa
Nasci na época errada, da Gisele

Estes com certeza são blogs-cabeça!

Obrigada, Jéssica!!
=)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

ai... ui...



Não sei de onde veio esse golpe que me acertou bem no estômago. No coração ficaria muito piegas, mas na verdade foi lá no coração mesmo que me acertou. E na verdade eu sei de onde veio. Veio de um vazio que foi preenchido por ilusão. E foi um golpe certeiro mesmo. Daqueles que a gente se sente zonzo, sem rumo. Mas depois a dor passa. Passa só que a gente não esquece. Mas a lembrança do golpe faz a gente ver as imagens em câmera lenta, e percebemos que só fomos atingidos pelo golpe porque demos brecha em algum momento. E é esse momento que identificamos, depois de um tempo. Assim, conseguimos nos prevenir numa próxima ocasião em que venha um outro golpe. E virá.

Esquivar ou revidar, eis duas alternativas.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Refresh

Tarde da noite, cansado de trabalhar, parou por um momento. Estava sentado diante de seu companheiro eletrônico – o computador – e pensou em voz alta “ah, se a vida fosse tão simples quanto ele... Daria refresh, delete, enter, print screen conforme fosse necessário... em casos extremos, até um format!”

De repente percebeu um zumbido. A janela de madeira de seu quarto estava entreaberta. Era noite de outono, mas fazia calor. Foi quando junto com um vento moderado, entrou um ser voador de tamanho muito pequeno, não sendo possível à primeira vista diferenciá-lo de um mosquito. Minutos depois de observar aquele ser que havia pousado vagarosamente sobre a mesa, é que percebeu que se tratava não de um mosquito, mas de um homenzinho! Não tinha mais do que um centímetro, mas isso não implicava falta de elegância no vestir-se: usava terno, gravata, sapatos lustrados e um chapéu, desses do tipo cartola, e era muito simpático, embora toda aquela roupa lhe conferisse um certo ar grave.

Atônito, a princípio olhava com cara de interrogação para aquele homenzinho, que permanecia parado, ereto à sua frente sobre a mesa. Passados alguns segundos de completo silêncio, ele perguntou ao pequeno:

— Quem é você? O que faz aqui?
— Ora, então não foi você quem desejou que a vida fosse como no computador?
— Oh, sim, claro! Eu disse isso, mas quem me dera se a cada desejo meu aparecesse alguém para realizá-los... Certamente eu não estaria aqui trabalhando noites à dentro.
— Entendo, filho. No entanto não posso te ajudar com relação aos demais desejos, sejam eles quais sejam. Meu departamento é realizar os sonhos cibernéticos. E sabe, já estou um tanto cansado dessa vida, e se não se importar, gostaria que fôssemos logo ao ponto. Então você quer que sua vida se transforme num sistema computacional não é, então vamos lá. Mantenha-se em pé, por favor. Agora vou...
— Ei calma! Você seja lá quem ou o que for, não pode estar falando sério! Isso tudo não pode ser sério! – o rapaz estava realmente espantado com aquela situação.
— Você está certo, meu jovem. Permita que me apresente. Sou Morpheu.
— Hahahaha... você está brincando comigo. Morpheu!
— Sim, sei o que deve estar pensando. Matrix. E até concordo com seu espanto. A verdade é que quem aparece primeiro sempre recebe as vantagens do reconhecimento. Mas você acha mesmo que os irmãos Wachowski seriam tão fantásticos a ponto de inventarem inclusive este nome? Exatamente. Foi em mim que se inspiraram. Deixe-me ser breve em contar minha história: sou o deus dos sonhos, filho de Hipnos, deus do sono. Sempre que alguém deseja algo com força, eu apareço para realizá-los. Só que vocês humanos pedem coisas demais! Portanto há poucos séculos meu pai achou por bem me dar alguns irmãos e a cada um de nós estabeleceu jurisdições próprias para realizações de desejos. Há uma década tornei-me responsável pelos sonhos relacionados ao mundo cibernético. Portanto, realizarei o desejo que o senhor, jovem rapaz, acabou de proferir antes que eu me adentrasse ao seu quarto.
— Hahaha... inacreditável. E engraçado. Bom, já que está aqui vamos ver o que é isso!
— O-bri-ga-do. – ele apresentava um tom meio rabugento nesta frase, como quem não precisasse agradecer por algo que já lhe era de direito. – Agora passemos ao que é de interesse, afinal ainda tenho muitos outros afazeres.

O rapaz não podia acreditar no que ouvia e via. Mas aquilo tudo estava acontecendo de fato, ali diante dos seus olhos, tudo o que tinha a fazer era aproveitar aquele momento. Então logo se acostumou à idéia e já se via ansioso por dar os devidos deletes, refreshs, enters e demais comandos que tão úteis lhe pareceriam...

— Ó forças ocultas! Atendei através de mim, ao pedido deste homem! Alacazam!
— Ué, então é só isso?! “Alacazam”?
— Sim, filho. Simples assim, mas não é para todos. Como disse, sou o deus dos sonhos.
— Está certo... Vamos ver se isto funciona mesmo... vou dar um ctrl+f para encontrar o outro par do meu tênis, que sumiu aqui dentro do meu quarto!

E em frações de segundo, lá estava o par de tênis. E o rapaz, encantado com aquilo, não tinha palavras para dizer o que sentia, tamanha era sua satisfação. O homenzinho, vendo que o jovem já estava satisfeito, partiu pela mesma janela pela qual havia entrado e o rapaz nem percebeu sua saída.

Então começou a pensar no próximo passo que daria, agora que tinha “super-poderes”. Claro!! Daria o refresh, o comando com o qual tanto havia sonhado. Em frações de segundo sua vida estaria completamente atualizada de acordo com seus planos. Nada de chateações nem perturbações. Sua vida em nova versão. E foi então que...
...Acordou com sua mãe batendo à porta de seu quarto... era seu chefe ao telefone informando que o cliente havia reduzido o prazo. Claro, onde mais além de nos sonhos criaturas minúsculas entrariam por janelas e realizariam sonhos impossíveis? Morpheu... pfff

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Madrugada

Texto antigo, mas eu gosto dele.



Madrugada é boa para escritores, para músicos, para casais apaixonados
Madrugada é boa para cansados, para sozinhos e para acompanhados
Madrugada é boa para vizinhos beneficiados com a lei do silêncio
Madrugada é muito boa para amantes de casas noturnas (e para os donos das casas noturnas)
Madrugada é para muitos turno de trabalho pesado! Enquanto muitos dormem muitos outros trabalham...
Madrugada é dia ainda com cara de noite
Madrugada é chegada de um novo amanhecer
Madrugada é alvorecer, é renascer
Madrugada
Madrugada
Santa Madrugada!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Fora, desânimo! Venha, Bowie! hahaha

Tô aqui em casa, agora, 00:30, pensando na vida. Na frente do PC, com preguiça de ir dormir. Triste com o triste desenrolar desta semana, achando ou pensando que o ano inteiro vai ser assim... De repente me ocorreu que EU É QUE FAÇO A MINHA VIDA. Não é ela que é boa ou ruim, ou melhor, se ela é boa ou ruim, é culpa ou mérito meu. É, vc pode achar óbvio, mas eu não enxergava desse jeito. 2007 teve coisa chata, bastante coisa chata. Saí do emprego (por opção, é verdade, mas até hoje ainda estou sem trabalhar); me iludi por um cara que não tava nem aí pra mim; fui mal no semestre da faculdade e 2008 começou comigo imersa numa grande apatia. E me vi agora, há poucos minutos perguntando e maldizendo o destino... “ó céus, ó vida, ó az*r”. Mudei a música q estava escutando. Tirei o Keane e coloquei o David Bowie, Modern Love (adoro!), nem tanto pela letra, mais pela música mesmo, pela melodia. E não sei de onde tirei, mas em questão de segundos me vi animada! Com fôlego novo. Saí do emprego? Arrumo outro! O cara me deu fora? Eu supero! Fui mal no semestre da faculdade? Tá em tempo de recuperar! Meu cabelo tá um lixo? Dá pra arrumar! Tô com o sono zuado? Daqui a pouco vou ir dormir! [E até quase tive uma gata de estimação pra adotar, que apareceu na porta da minha casa, mas tadinha, devia ter se acidentado e não viveu por muito tempo... =´(]
Pra tudo há solução. Bom, algumas não são tão simples, eu sei. Mas não tô afim de perder esse otimismo não. Vou fazer esforço pra me manter assim ao longo da semana, do mês e da vida. Sei que vai ter momentos de recaída... o bode pode aparecer às vezes. Mas eu estou me comprometendo COMIGO a partir de hoje. E é isso aí!!

Bjomeliga!



P.S.: Corro o risco de daqui poucos dias (ou minutos) me arrepender de postar isso... e até achar ridículo... É, eu sou realmente uma pessoa meio “depressiva” ou incrédula de mim mesma. Mas vou deixar esse post aqui, pra eu sempre me lembrar que pelo menos por alguns momentos me senti otimista de verdade.

“But I try, I try...”

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

O primeiro dia do ano...



Hoje é o primeiro dia do ano. 2008. Ano bissexto. Ano par. Ano novo. No meu primeiro dia do ano não teve manhã. Acordei às 12:30. Não almocei, acho que a ceia de ontem ainda está no meu estômago (!!). Ventilador na potência máxima, sofá irresistível, programação da tv inaceitável, mas na falta de coragem para fazer qualquer coisa, tá valendo (até o sono já foi esgotado). As únicas pessoas que vi hoje foram meu pai e minha mãe... Há alguns minutos entrei na internet pra ver se me distraio um pouco, já que não consegui continuar lendo o livro que comecei há uma semana (impressionante como o calor me tira a vontade de pensar). E todo otimismo que eu parecia ter ontem, hoje deve ter ficado lá no travesseiro.

Bode gigante, começo a ouvir a trilha sonora do filme "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain". Nesse momento exato, ouço La Valse D'Amélie (Versão em piano). É uma belíssima música. Mas não é das mais animadoras... mesmo assim continuo escutando, porque me faz pensar (ao contrário do calor, que insiste em me fazer não pensar). Aí penso nesse ano que tá começando hoje. E penso nas coisas do ano passado que ainda não terminaram, como o semestre da faculdade. Tenho trabalhos pra entregar esse mês, como reposição pela greve de 2007. E começo a pensar que preciso começar a trabalhar, o estágio que eu acreditava certo até o momento não iniciou (maldita burocracia!). Mas como não sou muito de planejar, opto por evitar pensar muito em coisas à longo prazo. Mas mantive a música, o som do piano me tranqüiliza, de alguma forma. Eu não sei dizer como estou me sentindo hoje. Acho que não estou nem bem nem mal. Por isso acho melhor finalizar este post. O primeiro dia do ano ainda não terminou, mas acho que não vai mudar muito em relação ao que tem sido até agora: eu aqui em casa sozinha (meus pais foram à casa de uns amigos) ouvindo música instrumental (talvez comece a ouvir uns rocks \o/), na frente do pc (não por muito tempo, maldito calor!), com um humor não muito agradável (ainda bem que não vi muitas pessoas hoje né...rs).

É, esse primeiro dia do ano tá sendo pra mim meio... soturno. Que ele não seja exemplo para os outros 365 dias! (Este terá 366, já que é bissexto)

E meu dia prossegue...

Tomara que aconteça uma mágica e que meu dia mude. Se isso acontecer, eu conto aqui sobre como me tornei crente na arte do pensamento positivo.