domingo, 23 de outubro de 2011

Sobre ser virtual...


Eu nem sei explicar direito o porquê, mas de uns tempos pra cá minha relação com o computador se tornou distante, esporádica... Eu que por muito tempo passei tardes inteiras coladas à tela com os dedos mastigando as teclas em programas de conversas à distância e olhando fotos e descobrindo fatos das vidas alheias, não me sinto mais com vontade de participar dessas redes sociais virtuais. Já me perguntei muito sobre isso, já tentei me fazer entender que hoje em dia é isso que tem permitido as pessoas se manterem em contato, já que parece que o tempo tem passado mais depressa do que antes... já que parece que tá difícil demais das pessoas se encontrarem em carne e osso.

Mas o fato é que eu já não tenho tido mais paciência para participar da vida virtual, essa vida tão pulsante que acontece sem parar e que a cada segundo me atualiza sobre milhões de novas informações, atualizações, acontecimentos. Eu me sinto completamente afogada em tanta informação. E é isso mesmo, às vezes me sinto sufocada. Me sinto meio que na obrigação de estar ali também, atualizando todo mundo sobre tudo o que passa pela minha cabeça, tudo que acontece ao meu redor, sobre tudo o que eu faço... Mas eu não tenho vontade de fazer isso.

Eu tenho dois blogs, e faço parte de duas redes sociais. Porém há meses não atualizo aqueles e pouco participo destas. Depois de conversar com a minha terapeuta, cheguei à uma conclusão muito simples: estou ficando chata pra caramba. Afinal, por que tentar evitar algo que já há tanto tempo faz parte da vida de "todo mundo"? Não sei bem, mas tem a ver com uma sensação de que tudo é muito vazio, sem significado, sem finalidade... Eu não gosto da distância, e detesto a falsa sensação de proximidade que a internet proporciona, simplesmente porque é uma falsa sensação. Eu gosto é de estar perto, de ver a expressão, de escutar as vozes, de apertar as mãos, de compartilhar uma mesa, ou um banco.

Eu queria não ter que depender das redes sociais para manter contato com as pessoas que gosto. E o fato de eu andar isolada das pessoas, sem quase estar saindo de casa a não ser para trabalhar e estudar, faz crescer essa minha "birra" pela "internet social" (porque uso a internet frequentemente pra acessar email, buscar informações, notícias etc.). Eu tento recusar que estar em contato virtual é melhor do que não estar em contato, mas não estou mais conseguindo.

Talvez eu precise aceitar que as redes sociais, apesar de seus pesares, é sim uma forma de estarmos por perto. O que não me agrada é a frieza que isso me transmite. Mas eu preciso aceitar que estou vivendo numa época assim, de relações virtuais, de proximidades relativas. Afinal, apesar de todos os pesares, a internet e suas redes sociais podem ser um começo para retomar contatos, ou mantê-los.

Ok, internet, aqui me tens, pero no mucho.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Logo-homenagem do Google - Freddie Mercury


Faz um tempinho que comecei a colecionar os logos do Google, que sempre homenageiam pessoas ou eventos marcantes. O de hoje é em homenagem ao 65º aniversário de Freddie Mercury e tem até um clipezinho da música "Don't stop me now" que vale muito a pena ser visto (se vc gosta, claro!)

Abrindo o link abaixo, é só clicar no botão "play"

http://www.google.com.br/webhp?hl=pt-BR

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Boa noite, Solidão

Vai entrando, solidão. A casa é tua.
Nesta hora em que a cidade se amortalha.
Não há ruído aqui, nem lá na rua;
Ninguém nos ouve, nem nos atrapalha.

Empresta-me ouvidos de silêncio.
Teus olhos cegos e teu canto mudo;
Me empresta este vazio, enquanto penso.
Pra que eu, pensando em nada, esqueça tudo.

Quero em teu colo, acomodar-me quieto.
Deixar passar o tempo em abandono;
Ficar horas a fio olhando o teto,
Até sentir cansaço e vir o sono.

Saudade pode vir bater à porta...
Tristeza? É quase certo que ela vem.
Deixa que entrem...Tanto faz e pouco importa;
A casa é grande e o coração também...

Se por acaso eu sorrir sozinho,
Disfarça, solidão; sejas discreta,
Pode ser a lembrança de um carinho
A visitar-me nesta hora quieta.

Se, se repente, eu chorar baixinho,
Também não faças caso, solidão.
É só a cicatriz de algum espinho,
Que um dia me arranhou o coração.

Amores vem e vão. Como os amigos;
Nem bem um chega, outro desaparece.
Só minha solidão fica comigo;
Não muda, não se vai, não envelhece.

Por isso, quando chegas não reclamo;
Abro-te a porta e te recebo bem,
Talvez devesse até dizer que te amo,
Pois tu és sempre o amor de quem não tem.

...Por fim, quando vai alta madrugada,
Rezo um "Pai-Nosso" e um Sinal da Cruz,
"Boa-Noite, Solidão"...Não ouço nada...
"Boa-Noite, Solidão"...E apago a luz...

Composição: Odilon Ramos


Isto diz tudo o que eu gostaria de escrever agora.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Rise




Rise - Eddie Vedder
Such is the way of the world
You can never know
Just where to put all your faith
And how will it grow

Gonna rise up
Bringing back holes and dark memories
Gonna rise up
Turning mistakes into gold

Such is the passage of time
Too fast to fold
And suddenly swallowed by signs
Low and behold

Gonna rise up
Find my direction magnetically
Gonna rise up
Throw down my haste in the road

Rise (Tradução)
Tais são os caminhos do mundo
Você nunca sabe
Onde colocar sua fé
E como ela vai crescer

Vou me erguer
Trazer de volta buracos e memórias ocultas
Vou me erguer
Transformar enganos em ouro

Tal é a passagem do tempo
Rápida demais para conter
E de repente engolida por sinais
Abaixe-se e observe

Vou me erguer
Encontrar minha direção magneticamente
Vou me erguer
Jogar minha pressa na estrada

(Letra e tradução copiadas do site Terra. Pode conter erros, mas o sentido e o sentimento da música estão intactos)

domingo, 24 de julho de 2011

Amargo

Começa uma madrugada de um fim de semana frio e cinzento. Eu estou diante deste computador precisando terminar algo que me propus fazer e que não consigo terminar (sequer começar direito). Ao mesmo tempo que sei que preciso terminar isso pra ficar tranquila, não consigo organizar os pensamentos, que se deixam misturar pela ansiedade, pela pressa, pela tensão, pelo término do prazo, pela infinidade de possibilidades. E tudo isso vai se misturando a outras coisas que não têm relação direta com o que eu tenho que fazer nesse momento e o pensamento vai se dirigindo até uma outra dimensão, distante, irreal, onde acontecem as situações que gostaria que estivessem acontecendo agora, mas que não estão ocorrendo. Preciso voltar para a mesa, para o que tenho a fazer.
Talvez seja melhor ir tomar um café.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Um dia, um adeus


Um belo dia se despedir e ir embora parece ser o fim mais provável em tudo que se faz, de tudo que se participa... Essa é a parte mais difícil. Isso pra mim é complicado demais. Me despedir e sair é sempre muito dolorido. Nesse exato momento não estou especificamente me despedindo de nada, mas sei que em algum momento futuro, próximo ou nem tanto, isso fatalmente vai acontecer. E é sempre doloroso, ir embora, deixar para tras relações que se foram construindo pouco a pouco, costumes pelos ares, pelos cantos do lugar, mas principalmente pelas pessoas que não veremos mais. E há sempre a promessa de que "nos falaremos, manteremos contato". Mas sabemos que não vai ser assim, quase nunca é assim, não por nada pessoal, mas porque a vida vai tomando outros rumos mesmo, e se despedir faz parte... passamos tempos com determinadas pessoas, em determinados lugares, e esse tempo pode ser rico, pode ser muito bom, mas ele acaba... E não é culpa de ninguém, simplesmente houve por um tempo um agrupamento de pessoas que se separam para encontrar outras em outros cantos, outros lugares em outros momentos. Mas para mim é sempre muito difícil...

fonte da imagem

domingo, 5 de junho de 2011

Pensando sobre a Escola

Tô cheia de planos na cabeça pra trabalhar com os alunos. Faz tempo que os tenho na cabeça... mas quando me deparo com eles tudo some, desvanece. O problema são eles? Não! Não pode ser possível.


Cheguei a conclusão de que eu, assim como os alunos, estou cheia da escola. Não da escola onde estou, mas da instituição escolar como ela funciona hoje e há séculos. Ela foi criada com um objetivo que já não é mais o mesmo hoje. Se um dia a escola foi tida como responsável por perpetuar os conhecimentos adquiridos pela inteligência humana ao longo dos tempos, hoje esse não é mais seu papel, ao menos não principal. As informações e até os conhecimentos (porque estes não?) estão disponíveis em milhões de outros lugares que não a escola, acessíveis para quem as quiser.

Educação moral já não é mais matéria escolar, embora faça parte dos temas transversais ou do currículo invisível... porém isso não é o objetivo específico. Qual é a função da escola? O que a escola quer? O que foi visto no curso de formação promovido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo é que a proposta agora é ensinar competências. Sim, uma proposta interessante, bonita, até. Mas como é que se pode implementar uma mudança tão fantástica se a estrutura física permanece sendo a mesma de um século atrás?

Como vou ensinar competências numa sala quadrada onde há no mínimo trinta e cinco alunos totalmente diversos matriculados, alunos estes com ritmos de aprendizagem diferentes, conhecimentos prévios diferentes, bagagem cultural dieferente e tudo isso em intervalos de 45 a 50 minutos por três vezes semanais?

Fica difícil.

Se minimamente houvesse uma mudança estrutural na escola - tô falando mesmo de mudança arquitetônica! - tenho certeza de que as coisas seriam diferentes. O problema é que toda a rede pública está abrigada num conjunto de milhares de construções do século passado, cujo processo de construção levou muitos anos e seria um desperdício de dinheiro público destruir tudo para reconstruir com uma configuração mais moderna em nome de uma mudança na qual nem todos apostam...

Bom, penso nisso o tempo todo e nessas acabo não fazendo nada de concreto por uma mudança real, porque me vejo dentro da sala de aula tão presa quanto os alunos.

domingo, 22 de maio de 2011

A espera na janela

A internet pode muito bem ser comparada a uma janela, onde passamos tempo esperando ver algum acontecimento, onde esperamos que alguém passe, onde podemos tomar um ar fresco, e por onde simplesmente saímos de casa só do pescoço pra cima. Muito bem. Tomemos esta metáfora como ponto de partida.
Passei hoje o dia inteiro na janela, esperando passar alguém que não passou. Esperando algum acontecimento que valesse a pena assistir, esperando um vento fresco que trouxesse algum ânimo.
Nada aconteceu, a paisagem nessa janela foi um marasmo, folhas que caíram de algumas árvores aqui e ali, um entregador que passou de portão em portão, um taxi que trouxe para casa o marido bêbado de alguma mulher infeliz.
Nada do que gostaria ver apareceu na minha "janela".
Esperei por ele o dia inteiro e ele não veio.
Vou fechar a janela agora, que o vento já tá ficando muito frio.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sonhando



Estou num trem que viaja por uma montanha verde. Com a cabeça para fora da janela, respiro profundamente, sentindo o cheiro que a natureza exala, mato verde, flores, novidade.

Estendo um dos braços para fora, como que para segurar esta sensação de entrar no mundo como nunca fiz antes.

Cabeça aberta, olhos fechados. Corpo e alma alados, pelas mãos do vento, desse trem em movimento, nas mãos da liberdade.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Entre ser adulto e voltar à infância

Analisando do alto da minha chatice adulta (adulta conológica apenas, porque apesar da idade, não tenho a maturidade correspondente), percebo que o grande problema das crianças é não saber planejar, é não saber pensar no depois, só se preocupar com o agora. Isso, que embora na verdade seja, paradoxalmente, o melhor de se ser criança, acaba gerando situações conflituosas entre os adultos, que se preocupam em seguir todas as regras, e as crianças, que não estão nem aí para elas.

No fundo, creio que o que todo adulto mais queria era justamente não ter de se preocupar com o depois, não ter de planejar nem prever situações futuras para poder agir no presente. As crianças são felizes por não terem esse tipo de preocupação e, as que têm, são notadamente tristonhas, infelizes (porque, em muitos casos, sofrem pressões e as internalizam como preocupações suas).

Deve ser por isso que quando me vejo sob pressão, com problemas ligados à organização do tempo, sinto fortes saudades da infância, o lugar mais seguro que se tem pra ir quando os pensamentos se tornam um emaranhado de pesadas preocupações.

Talvez não faça sentido. Mas nesse momento eu tenho apenas nove anos.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Tempestade noturna


É de noite que os pensamentos vêm. Como se precisassem das estrelas para iluminá-los. Vêm com jeito de tempestade, começando com grandes pingos espaçados que logo se tornam incontáveis, impossíveis de segurar, não restando nada a se fazer além de se entregar a esta chuva que inunda a mente que tenta descansar sobre o travesseiro, onde jazem as ideias da noite anterior, que se abateram ao choque de umas com as outras, na pressa louca de saírem pela porta estreita da consciência.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um menino e um livro


Um menino é só um menino. Ao mesmo tempo um menino sempre traz dentro de si os traços que o ligam àqueles que o geraram e criaram. O menino recebe um par de livros. Novinhos. E são dele. Não sabe bem o que pensar. Esboça um sorriso e olha a mãe. Ela tem pressa, precisa ir trabalhar. Será que ela sabe o que se passa entre o menino e o livro? O livro, assim como o menino, é só um livro. Ao mesmo tempo traz dentro dele as linhas que conduzem para outros mundos. A mãe tem pressa. O menino segura os livros. O trabalho não espera e é tanta coisa pra se resolver... O menino com os livros na mão. A porta mostrando a saída. O livro espera.

Os traços que o menino traz dos pais dentro de si aparecem na dúvida sobre o que pensar ao ganhar os livros. Para quê? É tanta coisa pra resolver. Aparecem na pressa que separa o menino das linhas dos livros. Letra tão miúda! Quase não tem figura. Para quê? O trabalho não espera.

O livro é só um livro. O menino, só um menino. Mas quando se encontrarem sem pressa, serão mais do que livro e menino. O menino nas linhas pra outros mundos. E o livro nos traços que o menino traz é agora porta que mostra a saída. O menino com o livro nas mãos e a cabeça longe, longe. A mãe compreende. Que bom que ele sabe ler!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Parabéns, São Paulo!

"São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
São oito milhões de habitantes
De todo canto em ação
Que se agridem cortesmente
Morrendo a todo vapor
E amando com todo ódio
Se odeiam com todo amor
São oito milhões de habitantes
Aglomerada solidão
Por mil chaminés e carros
Caseados à prestação
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito


São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Salvai-nos por caridade
Pecadoras invadiram
Todo centro da cidade
Armadas de rouge e batom
Dando vivas ao bom humor
Num atentado contra o pudor
A família protegida
Um palavrão reprimido
Um pregador que condena
Uma bomba por quinzena
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito


São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Santo Antonio foi demitido
Dos Ministros de cupido
Armados da eletrônica
Casam pela TV
Crescem flores de concreto
Céu aberto ninguém vê
Em Brasília é veraneio
No Rio é banho de mar
O país todo de férias
E aqui é só trabalhar
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito


São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo"

Tom Zé

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Para que um blog, afinal?


Desde que comecei a criar blogs (porque este não foi o primeiro) tinha em mente que teria um lugar onde poderia depositar permanentemente as coisas que eu rabiscava em folhas aleatórias de cadernos. De início tinha a pretensão de que meus textos pudessem ser lidos e comentados por outras pessoas dessa rede mundial que porventura compartilhassem das mesmas sensações que eu tentava colocar nas coisas que eu escrevia. Nunca havia pensado em usar o blog como um diário, não pensava em usá-lo para escrever coisas do meu dia a dia, nem para falar de algum assunto específico, era só um jeito de juntar as coisas que de vez em quando tinha vontade de escrever.

Só que esse negócio de internet é meio louco. Muito, na verdade. Pensar que ao mesmo tempo em que a minha página quase não recebe visitantes, ela pode muito bem ser lida por qualquer pessoa me deixa sempre receosa na hora de clicar em "PUBLICAR POSTAGEM". Assim, fui acumulando um monte de rascunhos que não consigo botar janela à fora.

Porém, nos últimos meses fiz ao menos alguns amigos nessa blogosfera, que sempre que podem me visitam para trocar dois dedinhos de prosa. São pessoas que eu conheço um pouco a cada postagem que leio e que aprendi a admirar. Com isso percebo que vale a pena manter um blog, porque é uma forma de trocar ideias com pessoas interessantes que embora não encontremos no ônibus, na praça ou no trabalho, temos possibilidade de ter por perto graças a tecnologia da internet, que eu sempre olhei de forma desconfiada, mas que agora estou aprendendo a utilizar melhor a cada dia.

Eu não sei direito que rumo estas defenestrações vão tomar daqui pra frente, porque não escrevo mais tanto quanto antes (e mantinha arquivado, coisas que hoje não faz mais sentido publicar mesmo), mas vou procurar me censurar menos e usar este espaço pra realmente escrever e defenestrar tudo aquilo que eu sentir que devo, mesmo que minutos depois eu ache que não faça sentido, ao menos fazia no momento em que escrevi.

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Imagem retirada daqui

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Triste


Eu gostaria de escrever agora sobre outras coisas mais importantes, mas não estou conseguindo. A posse de Dilma, as chuvas diárias, o aumento da passagem do ônibus... mas no momento meu umbigo me parece o mais relevante dos temas. Desde o último dia de 2010 estou muito mal pelo que me parece ser o fim de uma amizade que eu considerava muito importante. Até agora não consigo entender direito o que aconteceu, embora compreenda exatamente, ao mesmo tempo. O que mais me deixou triste foi ter sido pega totalmente de surpresa e via email. Alguns parágrafos puseram fim ao que eu acreditava ser uma verdadeira amizade, por aparente desgaste causado por um processo contínuo de suportar o insuportável, ao que eu pude entender. O peso da franqueza caiu de uma vez me fazendo desabar junto e, diante da verdade que veio de uma amiga como se viesse de uma inimiga. Sim, seria confortável para mim me colocar no papel de vítima e chorar a perda de uma amizade querida. Mas sei que há razão para o que aconteceu. Eu tenho meus defeitos e posso ter errado em muitos momentos, mas o que me deixou triste mesmo foi o modo como tudo foi exposto, como se fosse proposital a irreversibilidade da situação, como um fim premeditado. Mas não posso fugir do fato de que eu preciso voltar a rever minhas atitudes, cuidar do modo como tenho organizado minha vida, como venho lidando com tudo e com todos. Como sempre, as situações ruins são as que mais nos ensinam... o que eu tenho que fazer agora é tentar ficar bem e colher o aprendizado que essa situação ruim traz.