quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Hoje quero defenestrar um desabafo.

Hoje eu quero defenestrar tudo o que me faz mal. Tudo o que direta ou indiretamente me faz ficar parada no tempo, que não me deixa avançar. Sentimentos que eu cultivei mas que por qualquer motivo que eu ainda não compreendi, não foram vividos. Quero defenestrar os pensamentos que me atormentam, as dúvidas que me atordoam, as imagens do que não aconteceu e que não acontecerá. Quero defenestrar esta vontade do que é impossível, do que é irrealizável. Quero que tudo isso escape das minhas mãos para a janela do infinito, do lugar dos sonhos perdidos. Quero defenestrar a dor que eu senti e que ainda não foi curada senão com mais dor. Quero defenestrar as ilusões que eu criei e que tive de apagar. Quero esquecer todo o sofrimento que passei por algo que não existia, a não ser aqui dentro. Atiro pela janela agora este desabafo.

4 comentários:

  1. Seria bom se pudéssemos nos livrar das coisas ruins dessa forma, hein? Pena que essa janela do cérebro não exista de fato.

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  2. Defenestro as bobagens que roubam o meu tempo há muito tempo.
    defenestro saudade (como se pudesse me livrar delas). defenestro frustraçoes, anseios, desilusões (e as ilusões tb).
    Biiii, se joooooga
    bjomeliga, gata
    adorei o texto.
    espero q esse blog não suma como os outros. foram engolidos pela grande teia???

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  3. Defenestrar é sempre um risco.
    O objeto defenestrado estará em outro lugar, o que pode implicar uma volta, um retorno.
    Não seria melhor, em alguns casos, exterminar?

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  4. Gostei muito do que vc escreveu! Nao conhecia a palavra "defenestrar". quero atirar pela janela palavras que nao valem nada. Atitudes valem muito! como diria o caipira aq: Falar eh facil; dificil eh fazer!
    vc escreve muito bem!

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Só não vale usar de má educação. O respeito deve vir em primeiro lugar!