sábado, 20 de maio de 2017

Adeus, Chris Cornell

A morte do Chris Cornell me abalou muito. Nem sei direito explicar, o que sei é que tive um grande baque quando li na minha timeline do facebook que ele havia morrido. Não acreditei e fui logo buscar o nome dele no google, na esperança de que nada aparecesse, mas vieram vários links dando a mesma informação: "morreu aos 52 anos o cantor Chris Cornell".

Eu não conseguia acreditar e chorei. Cerca de cinco meses atrás eu estava a poucos metros dele assistindo o show mais lindo que já vi... aquela voz potente, aquele carisma, se apagaram. Isso me deixou muito triste e eu chorei. Era como estar perdendo um amigo... pode soar ridículo para quem ler isso, mas foi como senti. Embora seja um artista que nunca soube da minha existência, eu aprecio suas músicas, suas letras, e por muito tempo elas fizeram e fazem ainda parte de momentos da minha vida, por isso a sensação de proximidade e a sensação de perda.

Quando voltei do trabalho li outras notícias sobre sua morte, haviam confirmado na autópsia que ele se suicidou. E foi outro baque. Como? Por quê? O suicídio emudece, nos deixa sem reação, é pesado, difícil pensar no que leva alguém a tirar a própria vida. Ainda mais quando se olha para a pessoa e se conclui que ela aparentemente era feliz... eis o engano... felicidade não significa aparência. Jamais saberemos o que se passa no exato momento, se a pessoa é movida por coragem ou por medo extremo, ou simplesmente por não mais sentir qualquer coisa que a motive a continuar nesse mundo.

E pensar nesse mundo, nesse momento, nessa época em que vivemos também nos ajuda a entender talvez um pouco do que remotamente possa ser um dos porquês, é um mundo cada vez mais difícil de entender, de participar, um mundo cheio de desigualdade, cheio de misérias (humanas, morais, econômicas entre tantas outras misérias) que muitas vezes nos pode mesmo levar a pensar "qual é o sentido?" ou mesmo "então viver é isso, só isso?!".




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