domingo, 10 de agosto de 2008

Poxa, vida...


Um dia a gente acaba tendo que encarar e aceitar que as coisas nem sempre são como gostaríamos ou imaginávamos, ou duram menos do que a gente previa, ou são interrompidas, quando estávamos no auge do aproveitamento. E embora pareça, isso não é conformismo, porque muitas vezes há resistência, há a tentativa de que as coisas não mudem, de que não sejamos retirados da nossa zona de conforto. Mas nem sempre resulta como gostaríamos: as coisas realmente mudam.

Um dia a gente percebe que não importa o quanto se tente, certas coisas não acontecem mesmo e isso não é por incompetência, mas talvez porque não era pra ser.

Uma hora a gente aprende que embora as coisas não sejam permanentes, não quer dizer que não tenham sido sinceras, verdadeiras e intensas e que se elas tornam-se esporádicas, nem sempre é por vontade, mas pelas circunstâncias e o desenrolar louco da vida, vida que vira e mexe altera até mesmo as mais monótonas das rotinas, afastando amigos queridos, diminuindo a freqüência dos contatos, fazendo com que o tempo passe incrivelmente rápido a ponto de nos espantarmos ao ver que já faz muitos meses que não se envia um e-mail, não dá um telefonema, não responde mensagem.

A gente acaba percebendo que algumas amizades, embora sejam deliciosas, não conseguimos manter sempre por perto, e isso não deveria nos tornar canalhas, já que nem sempre o afastamento depende da nossa vontade.

Imagino que se fosse possível, muita gente preferiria viver para sempre no mesmo círculo de convivência, mas a vida nos obriga a ir tomando outros rumos, e outras pessoas chegam, enquanto outras acabam se afastando. Mas isso não significa que nos esquecemos daquelas que a vida afastou da gente, muito menos que fosse uma amizade falsa. Há casos em que não importa quanto tempo passe, ao reencontrar essas amizades que se afastaram, tudo é tão natural que é como se o tempo não tivesse passado. Isso pra mim é um indicativo de que é de verdade, mesmo que não haja um contato constante.

Eu agradeço à vida por ter as pessoas que tenho como amigos. Talvez alguns não tenham idéia do quanto são importantes para mim e talvez eu nunca consiga demonstrar isso. É difícil quando a gente não consegue fazer tudo o que gostaria, quando o tempo passa rápido à nossa revelia. É difícil quando acontecem desencontros, ou quando não dá pra conversar direito porque alguém tá muito ocupado. É difícil não ficar triste de saudade quando ela aperta. Mas é bom saber e lembrar dos momentos bons, das risadas, das besteiras, das conversas...


Me angustia não saber mais como escrever ou dizer. Me angustia saber que nem todos os meus amigos vão ler isto. Talvez alguns achem isso de uma pieguice sem tamanho... Mas o que importa é que todos saibam que mesmo de longe, cada amigo que fiz continua sendo extremamente importante na minha vida.

2 comentários:

  1. Nada de piegas não , essa moça!

    É que , às vezes, é difícil para algumas pessoas imaginar que não é "indispensável" na vida de outro!

    Na verdade, sabemos que ninguém é indispensável na vida de ninguém... mas a vontade .. essa estranha vontade.. de ser único e sentir-se amado loucamente.. é cruel!

    Bjzzzz...
    Fique bem...
    Obrigado pela visita!

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  2. oooooooooo mana!!!!!]
    que coisa linda.

    foda isso de não conseguirmos manter sempre perto. das coisas irem mudando. é bom e ruim ao memso tempo. é bom pq dá movimento a tudo aquilo que a gente, àquilo que a gente vive. o triste é ir ficando esporádica demais - conversas, cervejas, risadas, desabafos, encontros no circular, choradeiras ...

    te amo, maninha. eu nunca vou esquecer a emoção que a gente sentiu achando que não ia mais se ver...e mesmo nos vendo pouquinho, é bom demais ter ido contra a previsão. você é uma das pessoas mais doces, fofas e carinhosas que eu conheço. uma das pessoas mais lindas da minha vida. amiga que é para sempre mesmo. que escuta o monte de bobagem que eu falo, ouve a repetição das minhas histórias e pode sempre contar com o meu ombro, nem q virtualmente.

    arrasou no texto. tava com saudade das páginas defenestradas!

    beijos

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