terça-feira, 23 de outubro de 2012

Filme: O gato do rabino


Domingo retrasado fui ao cinema. Fui assistir a um filme que há tempos estava interessada em ver: O gato do Rabino (Le chat du rabin, França, 2011).

O que me fez querer ver este filme em primeiro lugar é o fato de ser um filme de animação, do que eu gosto muito, tanto em filmes quanto em desenhos que passam na TV mesmo. Em segundo lugar, o fato inusitado de que o protagonista é um gato que fala após ter engolido um papagaio. Em terceiro lugar, por ser um filme francês ambientado na Argélia, tratando de uma família judia. Pronto, isso me fez ficar muito afim de ver este filme. E depois de várias semanas em cartaz eu fui assistir neste domingo frio e cinza. Foi bom passear sozinha pela Paulista. Cheguei uma hora antes, comprei meu ingresso, depois fui almoçar, terminei o almoço em cima da hora, voltei ao cinema e sentei em minha poltrona. Fiquei imaginando "será que vai ser uma sessão esvaziada como foi com A GUERRA DOS BOTÕES (na qual só havia eu e mais duas pessoas numa sala Cinemark numa quinta feira à tarde)?". Não foi. A cada minuto a sala enchia de crianças, adolescentes, adultos, idosos... Todos interessados no filme sobre o gato judeu falante.

E o filme é ótimo. Bom, eu sou péssima em resenha, corro o risco de prejudicar o filme. Mas vou dizer aqui o que o filme me passou. Eu dei boas risadas. O personagem principal e os coadjuvantes tem boas falas, o texto é inteligente. A estética do filme é muito boa, os traços do desenho são fabulosos, gosto do estilo. Cenários bonitos, cenas on the road e olha, tem até uma participação (especial? eu senti doses de ironia ali) do Tin Tin e seu companheiro Milu.

Eu saí do cinema pensando sobre a leveza do filme, que mostra uma família de judeus, que têm amizade com um muçulmano, que acolhe um russo fugitivo que chega em uma caixa de livros e todos saem em excursão para chegar até a Etiópia onde pretendem encontrar os judeus negros que ali vivem. E em meio a tudo isso, um gato falante e muito perspicaz,que para continuar vivendo ao lado de sua dona (a filha do rabino), está louco pra se converter ao Judaísmo e poder ter o seu bar mitzva.

Embora haja momentos em que a rivalidade entre religiões apareça, para mim o que ficou foi a leveza com que aparece a convivência entre pessoas tão diferentes e de tão diferentes crenças e concepções. Tolerância e respeito seguem sendo a chave para a convivência pacífica.

Eu gostei e recomendo.

3 comentários:

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  2. Também adorei o filme.
    Acho que ele vai mesmo nessa direção da tolerância religiosa.
    Acho que o exemplo do fanático cristão (o russo bêbado) e do fanático muçulmano (que foi executado pelo russo) ilustra bem a posição de que essa é uma postura equivocada.
    Achei engraçado a parte em que o amigo do Judeu alertava que o pessoal do acampamento era muçulmano, mas eram meio "fanáticos demais"

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