quarta-feira, 26 de março de 2008

Anotações de meia-noite


Não se pode dizer que não houve tentativas. Houve várias. Algumas com resultado, a maioria sem. Se não se pode dizer que estes resultados foram plenos, ao menos fizeram com que a alegria de alguns momentos parecesse a própria felicidade, mesmo que ela terminasse dali a dois dias, quando uma nova tentativa voltava sem resultado.

A imprevisibilidade é algo que encanta, mas que ao mesmo tempo amedronta, porque depois de um tempo ela pode aparentar ser previsível: se uma coisa que não se previa acontece algumas vezes, sempre a despeito das nossas expectativas, passaremos a imaginar que estes imprevistos ocorrerão nas próximas ocasiões, sendo assim previsíveis. E aí vem o medo da nova tentativa.

A persistência é algo que maltrata mas que também, contraditoriamente, ajuda. Se insistimos em algo até que tenhamos a certeza de que é bom ou ruim, é porque não nos conformamos com algo que nos atordoa. Persistir, resistir, insistir... por mais que possa ser maçante, é uma forma de quebrar barreiras e chegar até onde se possa, até que sintamos que "aqui é o limite". Em que pese as possibilidades de se ''quebrar a cara'', ao menos sabe-se que tudo quanto se pôde fazer, foi feito.

Um comentário:

  1. Olha só... lembrei de uma frase do Oscar Wilde que sempre gosto de lembrar: "A ansiedade é insuportável. Espero que não termine nunca."

    Esses desesperos de ansiedade e de medo com relação ao futuro, com relação ao previsível e ao caótico, isso tudo nos tira o ar, não é? Mas... que vida há sem isso?!

    Beijos defenestrados pra você! ;)

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