sábado, 10 de maio de 2008

23:20 p.m.

planta sem água. chuveiro frio. balde vazando. torneira pingando. margarina sem sal. doce com recheio azedo. pão velho. calendário do ano passado. meia rasgada. sola gasta. cabelo armado. guarda-chuva quebrado. humor ruim. fita mal gravada. óculos embaçado. vidro trincado. ônibus errado. computador desconectado. teclado desconfigurado. impressora sem tinta. jornal amassado. caderno manchado. livro atrasado. notícia desinteressante. cachorro-quente sem salsicha. bolo solado. pneu furado. mochila com zíper emperrado. sono atrasado. prazo estourado. tudo errado.

Um comentário:

  1. Não é um conselho do tipo "poético", e em certas regiões, especialmente em determinados horários, chega mesmo a configurar ações ilícitas.

    Ainda assim, aqui vai...

    GRITE.

    Eu achava espalhafatoso demais para poder ser recomendável ou acatável por qualquer mente lúcida e minimamente dada a esforços de auto-controle. Até que lá estava eu, no meu pior dia dos piores dias, sozinho numa rua qualquer vagando na madrugada.

    Gritei. Xinguei, esbravejei contra o nada.

    E tive que me conter, logo em seguida, para não cair toscamente numa gargalhada demorada, tal era o contraste proporcionado pelo alívio.

    Grite. Ou cante algo algo escandaloso, é um jeito de camuflar a terapia. Grite.

    Alivia.

    Caso eu esteja "viajando" e seus escritos sejam só uma "defenestração literária" e não uma tradução direta de uma catástrofe interna aí, então o comentário é outro: faltou "horário político na TV" e "marca-texto sem tinta"

    Beijos e ótima semana aí, ou o que ainda sobra dela!

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